Criações
Como desenhar uma filha nua
"Como desenhar uma filha nua" é um projeto performativo que procura explorar as possibilidades da palavra escrita, da leitura em voz alta e do design gráfico como ferramentas de expressividade performativa.
A leitura em voz alta, em grupo, foi uma prática cultural muito comum no Ocidente durante milénios, pelo menos desde a Antiga Grécia até ao século XIX, altura em que a leitura se transformou numa atividade íntima e privada. Este projeto, inspirado nos clubes de leitura, no ato profissional de ler relatórios em grupo, procura recuperar essa prática e compreender o seu potencial para a palavra escrita poder mover um grupo de pessoas. Palavra escrita no seu contexto gráfico, em que a página se torna o palco da ação, em articulação com o palco do encontro em que decorre a leitura.
Deste modo, o projeto apresenta-se como uma leitura comum, dirigida por uma intérprete, que vai conduzindo o grupo de espectadores/leitores na leitura de uma obra gráfica e ficcional criada para o efeito, de forma a que as dinâmicas de grupo e de leitura interajam para gerar a cumplicidade e a comoção.
Este objeto livro centrar-se-á na exploração da biografia de uma pessoa, de um artista, de forma a explorar uma visão linear da vida humana que possa desvendar a sua complexidade multidimensional. Abordando deste modo a questão delicada entre a arte e a vida, e a forma ambígua, controversa, como os dados biográficos de um artista podem inspirar, complexificar ou macular a sua obra artística.
Apresentações em Vila Nova de Famalicão (10 e 11 de outubro de 2024), Porto (16 a 19 de Outubro de 2024), Atenas (novembro de 2024), Bragança (2025).
Direção e texto Jorge Palinhos Cocriação e interpretação Ana Vitorino Espaço cénico e fólico Inês de Carvalho Design e ilustração gráfica Sara Allen Desenho de Luz Pedro Correia Banda sonora Vasco Zentzua Coordenação de produção Cláudia Alfaiate Contabilidade Helena Madeira Produção Visões Úteis, em coprodução com Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e Teatro Municipal de Bragança Parcerias MIRA FORUM e Teatro Mosca