Edições

Sabemos que é sobretudo na versão digital, acessível no Repositório, que se dissemina o nosso trabalho. Mas adoramos arquivos, bibliotecas e a Torre do Tombo. E desconfiamos um bocado (mentira, desconfiamos muito) do que acontecerá daqui a 100 anos a todos os PDFs, JPEGs, MP3, MP4 e afins que suportam o repositório. É que, sem arquivo, a memória das artes performativas esvai-se com a vida de cada geração, sempre incapaz de se fixar na identidade da sociedade, do país. Por isso continuamos a insistir num longo percurso de edições físicas de conteúdos que também disponibilizamos no repositório em versão digital. É a mesma coisa mas não é a mesma coisa.

Ou se calhar tudo isto são desculpas fetichistas e não nos conseguimos libertar do fascínio pelos objetos que, no século XX, nos ensinaram a ler, a ver, a ouvir, enfim, a ser.