Cultura em Expansão 2022

Cultura em Expansão 2022

Cultura em Expansão 2022

A quarta edição da parceria com a Câmara Municipal do Porto no âmbito do programa Cultura em Expansão segue numa lógica de continuidade: de diálogo, de descentralização e de desdobramento - aprofundada pela vontade de desenvolver mais projetos originais centrados nas especificidades do território.

Desse caminho é exemplo o TRIC - Tardes Regaladas nas Ilhas de Campanhã. Este projeto original surge de uma escuta ativa e permanente do território. A sua evolução acontece por interpelação de um conhecido assistente social da junta de freguesia, que desafiou o Visões Úteis a programar para as ilhas aí existentes. Depois da experiência da Roda de Histórias – um ciclo de três sessões sazonais de narração com a comunidade que teve lugar no Pavilhão do Calvário, na edição de 2021, resolvemos juntar as duas ideias, numa lógica de aprofundamento e continuidade. O formato da narrativa oral revela-se apropriado para este projeto, pela sua informalidade, portabilidade, acessibilidade, diversidade de registos, entre a música e a narração, pelo que as “Tardes as Ilhas de Campanhã” (TRIC), seguem o mesmo formato, com diferentes duplas de contadores e contadoras que procuram unir habitantes e visitantes de três ilhas de Campanhã (Ilha da Presa Velha, Ilha do Roupeta e Ilha do Poço) em torno de uma das mais antigas e fascinantes invenções da humanidade: as histórias, desta forma levando os contos orais para fora dos espaços de apresentação e em direção a estes espaços de habitação característicos da freguesia.

Nesta edição de 2022, TAG destaca-se ainda como projeto original concebido pelo Visões Úteis, e proposto aos outros parceiros e territórios de implementação do programa Cultura em Expansão (Teatro do Fio na Pasteleira, Sonoscopia na Bouça e Confederação em Miragaia). A proposta consiste em desafiar habitantes destes territórios a contarem as suas histórias - reais ou ficcionais ou ambas - com base em palavras ditas, recitadas ou imagens, desenvolvidas em oficinas orientadas por escritores e artistas, que apoiam os participantes a estruturar e concretizar as suas ideias. Estas obras, gravadas localmente e editadas são disponibilizadas ao público, através de códigos QR colocados nos autocarros da cidade, para que os passageiros as possam ver e ouvir nas suas viagens. O propósito deste projeto é não só ativar os habitantes de cada polo enquanto produtores e autores da sua própria cultura e arte, mas também partilhá-la com o resto da cidade do Porto.

Quantas cidades há numa cidade?